sexta-feira, 14 de maio de 2010

Paulo

Eu te amei tanto, sem nem tocar você, te amei por três anos inteiros, pensei em você, fui a Europa, conheci o Louvre, e pensei em você, novamente, enquanto olhava a Monalisa, grande Monalisa, aquela que sorri com os olhos.
Eu nem entendo por que você é tão importante em minha vida, 18 anos, uma namorada, olhos de ressaca como diria o bom e velho Machado de Assis, sem ideologia de um futuro, fumando seu Lucky Strike, e bebendo sua Itaipava, com amigos estranhos, porém fiéis.
Por que eu ainda penso em você quando ouço Ludovic?
Será que apesar de tudo, você é a minha Vane?
Eu vivi 19 anos da minha sem você, e nem conheço o gosto da sua saliva, ou o cheiro da sua pele...
Eu fiquei tão próxima de você, não sei se foram as palavras grotescas, ou a simples vontade de olhar pros seus olhos enquanto aquela dor me corroia o cérebro, pois é, o cérebro. Eu não tenho coração.
Fiquei dez minutos enfrente a sua casa, em São Paulo, acho que você não me reconheceria. Eu não te vi, pensei te ver, pensei em chama-lo, mas graças a minha covardia, eu não o fiz.
Me perdoa por tudo, mas vou continuar te amando, acho que até eu encontrar outro alguém que me assuste, e me odeie. Tanto quanto você fazia comigo.

Eu te amo.


D.B. Dias.

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